Talvez tudo o que eu
tenha escrito seja ciúme do livro. Talvez o que Roberto Schmitt-Prym
faça seja por ciúme da fotografia. São colagens que investigam a textura
e o olhar, retrabalhando detalhes, impondo movimentos, incorporando
digitais nas paisagens como se o dedo girasse com a imponência de uma
íris. Igrejas, museus, prédios públicos, há uma interferência
testemunhal, cromática, que torna a imagem uma aparição, um vulto
fantasmagórico pedindo atenção. |